TELEGRAM: como o app se espalhou pelo mundo e CONQUISTOU tanta gente?
O aplicativo se tornou um dos cinco mais baixados no mundo e tem milhões de usuários ativos. Saiba mais detalhes!
Em dez anos, o aplicativo de mensagens Telegram alcançou 700 milhões de usuários ativos por mês e se tornou um dos cinco principais apps em números de downloads em todo o mundo. O aplicativo foi criado em 2013 por Pável Durov, que também é o fundador da rede social mais popular da Rússia, o VKontakte. No dia 9 de agosto deste ano, o Telegram ultrapassou o VKontakte em alcance diário pela primeira vez.
O Telegram é um dos cinco aplicativos mais baixados no mundo. No ano passado, ele foi baixado 70,48 milhões de vezes na Índia, 20,03 milhões de vezes nos Estados Unidos, 19,61 milhões de vezes na Indonésia e 18,04 milhões de vezes no Brasil. Em 2021, o aplicativo já havia alcançado o segundo lugar de downloads nos Estados Unidos.
Mas, como o aplicativo se tornou tão popular no mundo e conquistou tantos usuários? Saiba a seguir!
Telegram
O Telegram foi criado como um serviço de mensagens instantâneas para o público internacional e ganhou uma interface em russo apenas em 2017. Apesar da demora em chegar ao país, ele é um dos líderes em número de usuários. Em junho do ano passado, o alcance mensal do app chegou a 63,1% da população da Rússia com mais de 12 anos de idade.
Em 2022, o aplicativo Telegram ultrapassou o seu rival WhatsApp em termos de volume de tráfego e prevê-se que ele supere o seu concorrente em termo de número de usuários ainda este ano. O rápido crescimento dos usuários também é atribuído ao bloqueio dos aplicativos Instagram e Facebook no país.
O Telegram está entre os cinco apps mais baixados do mundo, inclusive nos Estados Unidos da América, após a suspensão da conta do ex-presidente norte-americano Donald Trump em 2021. Outro motivo para o crescimento do app foi a mudança na política de privacidade do WhatsApp, que pode compartilhar dados dos usuários com outros apps da empresa Meta. O Telegram se recusa a conceder acesso a mensagens e dados do usuário, mesmo mediante a solicitações de governos, exceto em casos de suspeitas de terrorismo.
App agora é chamado de rede social
Apesar de ter sido criado como um aplicativo de troca de mensagens instantâneas, o Telegram agora se tornou uma rede social completa. Além de apresentar chats, o app tem canais que funcionam como as comunidades do Facebook. Os usuários conseguem se inscrever nos canais, conseguem acompanhar postagens, debatê-las e usar reações com emojis.
Uma das principais diferenças do Telegram em relação a outras redes é a ausência de algoritmos. Desta firma, o app não possui uma seção de recomendações. Assim, o usuário consegue escolher o que ele quer ver no seu feed. Os canais são projetados como chats e cada post pode ser acompanhado de notificações para assinantes, caso ele queira. As notificações podem ser desativadas,
A única forma de divulgar conteúdos na plataforma é através de parcerias entre os canais, ou comprando publicidade de outro canal no aplicativo. No mês de junho, o Telegram introduziu stories, assim como no instagram, onde os posts ficam disponíveis por um tempo e se excluem.
A combinação do formato de feed sem anúncios com o serviço de troca de mensagens fez o Telegram o principal agregador de notícias para os russos, que hoje é o maior tipo de conteúdo na plataforma no país.
Bloqueio
O Telegram está bloqueado atualmente em alguns países como a China, Irã, Iraque e Paquistão. Em alguns casos, o app foi bloqueado durante protestos para limitar a capacidade dos manifestantes coordenar ações por meio da plataforma. Em outros casos, o motivo foi explicado como “conteúdo indecente”.
Em casos, como o Brasil, os motivos para o bloqueio incluíram a recusa da equipe do app em excluir conteúdo específico ou fornecer tecnologia de descriptografia para mensagens privadas. Segundo a empresa, a segurança do usuário e o compromisso de evitar censura são princípios fundamentais da plataforma. Durante a pandemia, o Telegram se recusou a remover postagens falsas sobre a Covid-19.