As baterias vão mudar? Compreenda os termos que a nova legislação vai trazer.
A bateria do celular é o elemento mais importante para o funcionamento do aparelho. Sem ela, não há como fazer nada. Se você é um nascido nos anos 90, ou mais velho, deve se lembrar que no início da era dos smartphones, era possível retirar a bateria quando o celular estava travando, ou só para desligá-lo quando tinha algum problema.
Essa facilidade de retirar a fonte de energia do dispositivo dava mais autonomia aos usuários, que podiam realizar reparos simples em seu celular, ou até mesmo comprar outra bateria, caso a sua não funcionasse mais. Porém, com o tempo, os novos smartphones não promoviam mais a possibilidade de fazer isso, visto que suas baterias começaram a vir de forma fixa. Por isso, se as máquinas atuais necessitam de algum conserto, é preciso se dirigir a uma assistência autorizada, ou às vezes até trocar de celular.
Entretanto, alguns países estão questionando esse sistema atual. Continue lendo e entenda melhor.
Bateria removível
A União Europeia (UE) adotou uma regra que diz que até 2027 todos os smartphones vendidos no bloco europeu devem ter baterias autossubstituíveis. A mudança faz parte de um esforço local para reduzir o lixo eletrônico e incentivar o conserto de celulares.
A maioria dos smartphones hoje tem baterias seladas, que são difíceis ou impossíveis de serem substituídas pelos próprios usuários. Isso significa que, se a bateria começar a falhar, o cliente terá que comprar um novo telefone ou levá-lo a uma oficina. As baterias novas também estarão marcadas com instruções claras sobre como substituí-las, para que até mesmo usuários inexperientes possam trocá-las sem maiores problemas.
Os novos regulamentos da UE facilitam a extensão da vida útil do seu smartphone, permitindo apenas a substituição da bateria. Isso se aplica a todos os celulares comercializados na UE, independentemente de onde são fabricados. Ou seja, significa que Apple, Samsung e outros fabricantes de equipamentos originais terão que cumprir as novas regras.
O regulamento estabelece uma meta para os fabricantes recolherem resíduos de baterias móveis. A porcentagem pretendida será de 63% até ao final de 2027 e 73% até ao final de 2030. Além disso, há o objetivo de recolha especial de meios de transporte leves, que é de 51% até 2028 e 61% até 2031.
Redução de lixo eletrônico
Esta não é a primeira vez que a União Europeia toma medidas para reduzir o lixo eletrônico. O bloco de 2019 introduziu novas regras segundo as quais todos os dispositivos eletrônicos devem ser projetados para serem facilmente abertos. Os novos regulamentos de bateria de smartphones são mais um passo nessa direção.
Como parte da mudança, a Apple anunciou que usará 100% de cobalto reciclado certificado em todas as suas baterias até 2025. Porém, em vez disso, em setembro de 2022, a Apple aumentou os custos de reparo da bateria com a linha do iPhone 14. A substituição da bateria do iPhone 13 e modelos anteriores custaram cerca de US$ 69, ou R$331 por conversão direta. No entanto, a série iPhone 14 é 43% mais cara, custando US$ 99, ou R$ 475.