Qual a relação entre o SINAL DE CELULAR, um comandante de NAVIO e um enorme DESASTRE AMBIENTAL?

Saiba mais sobre este caso que provocou uma grande tragédia no meio ambiente. Entenda o que aconteceu.

Imagine um caso que tem como protagonistas um celular sem rede e um comandante de navio e acaba em um desastre ambiental. Essa situação infeliz realmente não é muito comum. Porém, informações sobre isso foram veiculadas no Japão na semana passada.  

O caso foi noticiado nos principais portais do país, e agora está ficando conhecido no mundo todo. Infelizmente, o motivo para a “fama” desta notícia é muito ruim para o meio ambiente. Continue lendo e entenda o que aconteceu abaixo.  

Qual a relação entre o SINAL DE CELULAR, um comandante de NAVIO e um enorme DESASTRE AMBIENTAL?
Entenda este caso curioso sobre a rede do celular e um desastre ambiental. (Créditos: Reprodução).

Rede de celular causa desastre ambiental   

Na última quinta-feira (28 de setembro), a Agência de Segurança de Transporte do Japão informou que um navio cargueiro que derramou 1.000 toneladas de petróleo na costa do país africano Ilhas Maurício em 2020 foi destruído porque o capitão esperava um sinal de telefone celular.  

Para quem não se lembra o navio havia se desviado do curso, mas os motivos ainda estavam em análise.  Em 25 de julho de 2020, o MS Wakashio colidiu perto do Parque Marinho Blue Bay, nas Ilhas Maurício, no Oceano Índico, quando saía do porto chinês de Lianyungang com destino ao porto de Tubarão, na cidade de Santa Catarina. O navio de propriedade japonesa navegava pelos mares, porém ele hasteava a bandeira do Panamá e seu capitão era da Índia.   

No momento do acidente, a nação insular da África Oriental declarou uma emergência ambiental na sequência do desastre petrolífero.   

Por que isso aconteceu?  

Dois dias antes do acidente, o capitão do navio alterou o curso da embaração para receber um sinal de smartphone a 5 milhas náuticas (9 km) da costa, em vez de 22 milhas náuticas (40 km) como inicialmente planeado, afirmou o relatório.  

O capitão do navio definiu este novo rumo sem a aprovação das autoridades de segurança locais. Além disso, os integrantes da tripulação não sabiam que a profundidade da água nesta área era inferior a 20 metros. Por conta disso, o navio colidiu com um recife de coral.  Após as investigações, que duraram cerca de três anos, o motivo para o acidente foi finalmente revelado.  

Maior desastre ambiental das Ilhas Maurício  

De acordo com o Greenpeace, este foi o maior desastre ambiental das Ilhas Maurício.  O caso fica ainda pior sabendo que a investigação revelou que o capitão mudou seus planos de viagem somente para encontrar rede no celular.  

Segundo o governo japonês, este incidente não é um incidente isolado e mostra o comportamento irresponsável  de toda a tripulação. A reportagem afirma ainda que o capitão bebeu dois copos de uísque durante uma festa de aniversário a bordo, pouco antes do incidente. Por conta da sua atuação no acidente, o capitão foi julgado culpado pelo caso. Ele foi preso um mês após o incidente.   

Os esforços de limpeza dos oceanos foram adiados devido à infecção pelo coronavírus e às condições climáticas, causando danos ainda maiores. O Greenpeace considera o incidente  o pior desastre ambiental da história da região. Infelizmente, ainda não se sabe quando e como os impactos serão remediados, vale esperar e torcer para que os esforços para limpar o local afetado sejam efetivos.  

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