Escolha um novo celular com sabedoria. Veja o que você precisa levar em conta antes da troca.
Um estudo recente esclarece o comportamento dos brasileiros na hora de trocar de celular e os resultados mostram uma mudança significativa nos hábitos de consumo. Antes da pandemia do coronavírus, era comum que muitos brasileiros substituíssem seus smartphones todos os anos.
No entanto, os tempos de espera tendem agora a ser significativamente mais longos. A pesquisa foi realizada pela consultoria GfK com 7.784 entrevistados ao longo de 2022. O estudo descobriu que dos 30 milhões de celulares vendidos nas lojas de varejo brasileiras no ano passado, impressionantes 22 milhões foram modelos semelhantes. Ou seja, as pessoas não atualizaram para celulares ditos “melhores”. Continue lendo e confira os motivos.
Mudanças no consumo
Apenas 8 milhões de pessoas compraram o seu primeiro celular em 2022 e somente 1,7 milhões atualizaram para um dispositivo mais avançado. Este número reflete grandes mudanças no mercado de dispositivos móveis do país.
O estudo também concluiu que 2,5 milhões de dispositivos foram adquiridos como segundo dispositivo para o mesmo consumidor e 4 milhões de dispositivos foram adquiridos para substituir um telefone perdido ou roubado.
Os brasileiros não querem trocar de smartphone?
Um dos principais fatores que contribuem para esta mudança é o atraso cambial devido ao crédito caro e apertado. As altas taxas de juros e o aumento da inadimplência estão dificultando a compra de novos smartphones por muitos consumidores. De acordo com especialistas, a vida útil média de um telefone celular é, na verdade, de até cinco anos.
Dito isso, problemas técnicos, configurações desatualizadas e falta de atualizações garantidas do sistema operacional estão entre os motivos que você deve considerar ao decidir se é hora de substituir seu smartphone. Mas quando é o melhor momento para isso? Aqui estão algumas dicas para ajudá-lo a encontrar a resposta.
Sinais de que a substituição pode ser necessária
- Espaço em disco insuficiente, mesmo com limpeza.
- A bateria não dura muito.
- Os sistemas operacionais estão chegando ao limite de sua capacidade de receber atualizações de segurança.
- O dispositivo gera calor considerável durante o uso.
- Os aplicativos demoram muito para abrir.
- O sistema congela o suficiente.
- A câmera não atende mais às suas necessidades (baixa qualidade)
Um exemplo de avanço tecnológico que estamos vivenciando e que está fazendo com que muitos consumidores troquem de smartphone é a introdução do 5G. Apenas os dispositivos mais recentes são compatíveis com a Internet de 5ª geração.
Segundo Ângelo Zanini, coordenador dos cursos de informática do Instituto Mahua de Tecnologia (IMT), com a transição do 4G para o 5G, quem possui um telefone somente 4G vai querer acompanhar os avanços e atualizar para um telefone mais moderno com um sistema operacional mais moderno.
Para o coordenador, a vida útil de um dispositivo depende mais da sua funcionalidade do que da durabilidade do equipamento.
Devo comprar um novo ou pagar pelo conserto?
De acordo com especialistas, um conserto de smartphone só vale a pena se custa até 50% do preço de um novo aparelho do mesmo padrão. Porém, se pagar mais do que isso é melhor comprar um novo.
Deve-se levar em consideração se o aparelho está em boas condições e tem uma vida útil média de 2 a 3 anos. Além disso, é importante ficar atento aos principais circuitos de um celular – a placa-mãe e a tela, que podem não ser muito úteis para substituir, principalmente em modelos mais antigos ou menos populares, afirma o CEO Felipe Marchese, da Conserta Smart, franquia especializada em conserto de smartphones.
De acordo com Marchese, cerca de 70% dos reparos necessários nos dispositivos atuais ainda valem a pena. Ou seja, procure uma assistência antes de gastar com um novo celular.
