Medida visa evitar que crianças e adolescentes fiquem viciados no aparelho. Saiba mais!
O vício em celulares, chamado de Nomofobia tem afetado cada vez mais as pessoas, que não conseguem ficar sem olhar as notificações do aparelho ou acompanhar as redes sociais a todo tempo.
Esse uso constante do celular tem afetado não só adultos, mas também crianças e adolescentes, que estão tendo acesso aos smartphones cada vez mais cedo, seja para assistir, jogar, ou também acessar redes sociais. O problema é que esse uso exagerado, além de gerar dependência, também pode causar problemas no desenvolvimento da criança e atrapalhar o desempenho escolar.
Por causa disso, uma nova lei aspira limitar o tempo de uso de celulares por crianças e adolescentes, visando evitar problemas futuros. Saiba todos os detalhes sobre essa lei e veja como ela deve funcionar!
Nova lei
Por causa do uso exagerado de smartphones por crianças e adolescentes, a Administração do Ciberespaço da China (CAC), anunciou uma nova proposta legislativa que limitará o tempo de uso de celulares por esse público no país.
Com essa medida, o objetivo é reduzir o tempo que os jovens passam nos aparelhos celulares e evitar que eles possam desenvolver vícios em redes sociais e aplicativos, e também implementar um controle parental, para que apenas alguns tipos de conteúdos sejam acessados pelas crianças mais novas. O documento também indica os horários em que o acesso pode ser liberado, conforme a idade da criança ou adolescente.
O texto ainda passará por uma etapa de consulta pública, para saber a opinião da população, que poderá contribuir com críticas e sugestões sobre a medida. Ainda não há uma previsão para a legislação ser aprovada, mas o texto atual deve ficar pronto ainda no próximo mês, em setembro.
Horários propostos
Segundo o texto, os menores de 18 anos só poderão acessar a internet dos celulares das 6H às 22H, com um tempo máximo diário de uso para esse público, a depender a faixa etária. Com isso, os horários seriam os seguintes:
– Menores de 8 anos – 40 minutos por dia
– Entre 8 e 15 anos – 1 hora por dia
– De 16 a 17 anos – 2 horas por dia
Outra medida que consta no texto da proposta é relacionada ao conteúdo acessado. Assim, aparelhos usados por jovens entre 12 e 16 anos só podem mostrar notícias e conteúdos voltados à educação. Menores de 3 anos só podem acessar músicas e conteúdos de áudio.
Empresas podem ser prejudicadas
As gigantes de tecnologia do país ainda não comentaram sobre o assunto, mas é possível que elas fiquem contra a proposta, já que muitas geram receita graças ao acesso e consumo de públicos menores de idade. Empresas como a ByteDance, proprietária do TikTok limitou o tempo de uso por dia do aplicativo para crianças no ano de 2021.
Inclusive, para que esse controle de tempo funcione, as fabricantes vão precisar pensar em alguma forma de identificar o usuário para saber que é uma criança, seja no registro de conta ou através de algum mecanismo que restrinja a idade.
Debates
Esse tipo de debate sobre o uso de celulares por parte de crianças e adolescentes não é uma exclusividade da China. Outros países discutem o tema e até já oficiaram leis para limitar o acesso de menores a redes sociais.
A Holanda, por exemplo, vai proibir o uso dos aparelhos em sala de aula a partir do próximo ano, para tentar diminuir a distração dos jovens durante a aula. Outros países da Europa também buscam investir na medida em breve.
