Aplicativo para registro de sinistros de trânsito entra em fase de testes

 

 

 

 

 

A Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) deu início em agosto deste ano à fase de testes para um novo modelo de coleta de dados, com o objetivo de aprimorar o Registro Nacional de Estatísticas e Sinistros de Trânsito (Renaest).

A inovação envolve um aplicativo de fiscalização desenvolvido pela Senatran, que permitirá aos agentes de trânsito envolvidos na gestão de ocorrências registrarem informações diretamente no sistema. A nova ferramenta promete oferecer uma coleta de dados mais precisa e eficiente, contribuindo para a criação de uma base estatística mais robusta e ágil.

Aplicativo de sinistros será acessível a profissionais

Aplicativo para registro de sinistros de trânsito entra em fase de testes. Foto: Pixabay
Aplicativo para registro de sinistros de trânsito entra em fase de testes. Foto: Pixabay

O secretário nacional de Trânsito, Adrualdo Catão, explicou que o aplicativo será acessível a todos os profissionais envolvidos no atendimento de acidentes, incluindo policiais e bombeiros. Esses agentes poderão inserir os dados essenciais das ocorrências diretamente na plataforma, facilitando a formação do novo Renaest.

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Catão destacou a importância deste momento, enfatizando que as estatísticas geradas terão um papel crucial nas decisões que orientarão as políticas públicas de trânsito. Ele também ressaltou que o sucesso do projeto depende da colaboração entre o Governo Federal e os órgãos de trânsito estaduais. Esse é o objetivo de garantir a eficácia na coleta e análise dos dados.

Segundo o diagnóstico divulgado pela Senatran, atualmente a Polícia Militar é responsável pela coleta de dados em locais de acidentes em 81% dos estados brasileiros. Esta força policial também representa a principal fonte de dados para os Departamentos Nacionais de Trânsito (Detrans) em relação ao uso e acesso das informações.

Em contraste, apenas 11% das unidades federativas utilizam os dados fornecidos pela Secretaria de Saúde. Esses dados revelam a necessidade de um sistema mais integrado e eficiente para melhorar a coleta e a análise das informações sobre sinistros de trânsito.

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Aposta em inovação e simplicidade

O novo modelo do Renaest introduz diversas inovações, incluindo a multiplicidade de fontes de dados e a busca pela fonte primária. A priorização das informações essenciais e a integração com outros sistemas estruturantes são pontos-chave do projeto.

 Além disso, a plataforma incorporará uma camada de inteligência e interoperabilidade, ampliando o escopo para incluir “não eventos”, o que permitirá uma análise mais abrangente. A funcionalidade de analytics para análise exploratória e predição e a retroalimentação dinâmica também são aspectos importantes que visam apoiar os processos decisórios.

O Renaest é uma ferramenta fundamental para o Governo Federal, não apenas para avaliar a segurança nas estradas, mas também para assegurar o cumprimento das metas estabelecidas no Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans).

O novo aplicativo visa tornar a coleta de dados mais eficaz e precisa, contribuindo para uma gestão mais eficiente das políticas de segurança no trânsito. Com a fase de testes em andamento, o projeto representa um avanço significativo na maneira como as estatísticas de trânsito são registradas e analisadas. Assim, promete um impacto positivo na segurança rodoviária.

Origem da lei

O Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans) foi instituído em 2018 pela Lei nº 13.614. E o propósito de guiar os gestores de trânsito brasileiros na implementação de medidas para diminuir fatalidades e lesões em vias urbanas e rodovias. Isso está em consonância com a Nova Década de Segurança no Trânsito da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em 2023, o plano passou por uma revisão abrangente, resultando em uma nova versão que prioriza a transparência, conformidade, simplificação e eficácia. A Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) se comprometeu a tornar o Pnatrans mais acessível. Logo, deve permitir que os órgãos envolvidos registrem novos projetos que promovam a redução de acidentes e mortes nas estradas do país.

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