Novo vírus que aplica golpes já fez mais de 1.380 vítimas em 2023. Saiba como funciona e aprenda a se proteger!
Um novo vírus, que é capaz de desviar dinheiro de transferências Pix e limpar contas bancárias tem crescido no Brasil. Essa nova ameaça é desenvolvida por cibercriminosos brasileiros e foi detectada no mês de dezembro do ano passado.
De acordo com a Folha de São Paulo, o vírus já foi responsável por mais de 1.380 golpes somente neste ano. Na América Latina, o software é a segunda maior ameaça de fraudes, ficando atrás apenas dos vírus da família Banbra, usados em golpes da mão fantasma, com 2.039 registros.
A nova prática é semelhante ao golpe da mão fantasma, já que toma controle do celular da vítima para roubar dinheiro de suas contas. Saiba mais sobre esses golpes e se proteja da melhor forma!
Vírus
Esse vírus é implementado nos celulares das vítimas através de notificações e apps falsos. Em um dos casos, foi apresentado um anúncio de uma atualização do WhatsApp. Essa falsa atualização estava disponível na Play Store e era descrito como “Atualização Whats App v2.5”, mas já foi retirada após um alerta da Kapersky.
À Folha de São Paulo, o Google destacou que a segurança é a prioridade em sua loja de apps. Segundo a companhia, os usuários estão protegidos pelo Google Play Protect, que identifica comportamentos nocivos nos aplicativos e dispositivos Android, alertando os usuários.
A empresa de ciberseguraça lembra que usuários de iPhones também deve ficar em alerta para esse tipo de ameaça, já que o vírus também é encontrado em dispositivos iOS. Até o momento, não foi divulgado um nome oficial para esse vírus, ou se ele pertence a alguma família de malwares.
Ao utilizar esse modelo de software malicioso, os criminosos evoluem a prática utilizada no golpe da mão fantasma, que exigia contato do agente com a vítima, que geralmente é feito via telefone. Nessa nova prática, os criminosos precisam apenas que a vítima caia na armadilha e instale o app malicioso.
Como funciona
Ao baixar o software contendo o vírus, os criminosos conseguem acesso aos dados do aparelho e realizam modificações nas opções de acessibilidade. Assim, o vírus é capaz de conseguir informações como localização, contador de passos, horário e outros dados. Com as informações, os criminosos passam a analisar as atividades da vítima para determinar em quais momentos ela realiza transações financeiras.
O procedimento funciona como uma preparação para o vírus, que, quando é ativado, realiza mudanças nas transferências em Pix sem que o usuário perceba.
Como se proteger
Essa alteração nas informações de pagamento é possível devido às modificações de acessibilidade feitas no celular da vítima. As opções de acessibilidade são úteis para usuários que precisam de ajuda para usar os apps. Porém, elas devem ser utilizadas com cautela, de acordo com a Kaspersky.
Uma das medidas de proteção contra esse vírus é suspeitar de qualquer notificação que peça o acesso às opções de acessibilidade do aparelho, tanto para solicitações do navegador, quanto para aplicativos.
Somente este ano, o vírus já foi responsável por cerca de 1.385 golpes. O software é a segunda maior ameaça na América Latina, perdendo apenas para o vírus da família Banbra, que também é utilizado em golpes da mão fantasma, registrando 2.039 casos de fraude em 2023.