Veja quais são as marcas de celulares mais roubadas em São Paulo. Saiba os horários em que assaltos ocorrem.
Os celulares da marca Apple ultrapassaram a Samsung e se tornaram os produtos mais roubados ou furtados na cidade de São Paulo, comparando o primeiro semestre de 2023 com o primeiro semestre de 2022. Essa troca de marcas chama a atenção. Isso porque a fabricante coreana é líder de mercado em no Brasil – com celulares que variam de modelos baratos a luxuosos, com preços em torno de R$ 10 mil – enquanto a Apple oferece aparelhos mais caros e que tendem a ter maior valor de revenda.
Dito isso, a pesquisa ajuda a dar uma ideia das características da criminalidade na cidade de São Paulo e neste caso as marcas mais visadas. Abaixo confira a lista completa das marcas mais roubadas da cidade.
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Ranking das marcas mais roubadas de SP
Vale lembrar que os dados se baseiam somente no primeiro semestre de 2023. Ao lado da porcentagem deste período está o comparativo com os números do ano passado.
Apple – 33,55% (28,37% em 2022)
Samsung – 32,57% (33,64% em 2022)
Motorola – 18,29% (21,49% em 2022)
Xiaomi – 7,59% (7,54% em 2022)
Outros – 5,03 (3,87% em 2022)
LG – 1,65% (3,16% em 2022) Asus – 0,55% (1,05% em 2022)
Positivo – 0,20% (mesma porcentagem em 2022)
Nokia – 0,18% (0,16% em 2022)
Multilaser – 0,15% (0,16% em 2022)
Roubo ou furto?
O roubo ocorre quando as coisas são levadas com perigo de vida. Durante um assalto, o criminoso usa violência ou ameaças graves para ganhar algo. Muitas vezes, as vítimas sofrem ameaças com armas, objetos pontiagudos ou mesmo com força.
Já o furto ocorre sem perigo para a vítima, é algo escondido. Como alguém pegar o celular do bolso de alguém, sem que a pessoa veja.
Diminuição dos números
No geral, o roubo de dispositivos diminuiu ligeiramente durante o período No primeiro semestre de 2022 foram 108.914 dispositivos, Já no primeiro semestre de 2023 foram 105.524 dispositivos
Em qual horário há mais perigo?
Quando o assunto é a hora do crime, a cidade de São Paulo tem um certo padrão. A maioria dos boletins de ocorrência (relatórios de incidentes) lista o período noturno como o principal horário em que ocorrem os roubos, seguido pela tarde e pela manhã, confira a relação completa:
À noite – 36,54%
Tarde – 25,06%
Pela manhã – 23,92%
De manhã cedo (ou madrugada) – 14,11%
Para Guaracy Mingardi, membro do FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública), a questão do momento é complicada porque depende muito da região e do tipo de crime. “A maioria dos roubos acontece de madrugada e à noite. Por exemplo, no centro de São Paulo, os pedestres que passam sozinhos tem o celular roubado nesses horários”, explicou ele.
Segundo Guaracy, os assaltos tendem a ocorrer da noite até a madrugada, quando há menos gente nas ruas e muitas vezes há algum tipo de ameaça à vítima.
Por que os telefones celulares são tão atraentes?
Ainda segundo Guaracy, as pessoas geralmente não carregam muito dinheiro. Mas um grande número da população possui smartphones. E com um desses em mãos, os criminosos podem obter lucro rápido vendendo até o limite de preço. No mínimo, é preciso pagar entre R$ 200 e R$ 300 por cada celular roubado. O dispositivo pode então ser hackeado, usado para golpes, desmontado para peças de reparo ou simplesmente reiniciado e enviado para outro país.
O grande problema, disse ele, é a luta contra a receptação, liderada por gangues profissionais. Para isso, é preciso investir em uma grande investigação realizada pela Polícia Civil. Em locais onde foram registrados muitos incidentes, como o centro de São Paulo, as atividades ainda persistem, disse ele. Contudo, isto deve exigir do governo um maior investimento em pessoal e inteligência.