Conheça as expectativas para a marca chinesa Xiaomi. Veja o que o CEO disse sobre a Apple.
O fundador e presidente da Xiaomi, Lei Jun, disse na segunda-feira, dia 14, que o iPhone da Apple continua sendo a referência no segmento de última geração do mercado global de celulares. Isso minou a meta inicial da empresa de tecnologia chinesa de se tornar a maior vendedora de smartphones do mundo até o fim do ano que vem.
Lei fez referência aos principais dispositivos da Apple várias vezes durante seu discurso anual no Centro Nacional de Convenções da China, em Pequim, em que a Xiaomi revelou seus produtos mais recentes. Continue lendo e saiba mais.
Uma audiência de aproximadamente 3.500 aplaudiu Lei, de 53 anos. O CEO possui um patrimônio líquido de US$ 10,2 bilhões em 15 de agosto, segundo a Forbes. Jun estava compartilhando uma história pessoal e reafirmando a promessa da Xiaomi de competir com a Apple na reunião, que durou uma hora.
Competição agressiva
Além de visar a Apple, a retórica de Jun reflete a tentativa da empresa de competir de forma mais agressiva com os rivais asiáticos no maior mercado doméstico de smartphones do mundo. A China vendeu 65,7 milhões de dispositivos no trimestre encerrado em 30 de junho, uma queda de 2,1%. Mesmo assim, esse número é positivo, visto a queda de 14,8% no mesmo período do ano passado, mas o mercado é dominado por smartphones de baixo custo das empresas Huawei, Oppo e Vivo. Marcas como Honor e Apple, também venderam bastante na China, de acordo com a empresa de pesquisa IDC.
Enquanto isso, a Xiaomi, com sede em Pequim, empatou em quinto lugar com a Huawei, que se recuperou no último trimestre.
No entanto, de acordo com o relatório da Counterpoint Research, a Xiaomi ficou em terceiro lugar nas vendas globais de smartphones no segundo trimestre, atrás da Samsung e da Apple. Porém, o relatório apontou que a Xiaomi enfrentou problemas em seus dois maiores mercados, China e Índia, durante o mesmo período.
Novo lançamento da Xiaomi
Lei, frequentemente apelidado de “Steve Jobs chinês” pela mídia local, comparou na segunda-feira o mais recente smartphone dobrável da Xiaomi, o Mix Fold 3, com o carro-chefe da Apple, o iPhone 14 Pro Max. No entanto, o CEO evitou comentar sobre a ambiciosa meta da Xiaomi de se tornar a maior vendedora de smartphones do mundo. A meta foi revelada pela primeira vez em agosto de 2021, depois que a Xiaomi ultrapassou a Apple e se tornou a segunda atrás da Samsung em vendas de smartphones no segundo trimestre daquele ano.
O executivo tentou retratar a Xiaomi como a principal concorrente da Apple, mas o valor de mercado total da empresa chinesa na terça-feira (15) girava em torno de 189 bilhões de reais, o que não se compara ao valor de mercado da Apple, de mais de 14 trilhões de reais.
Em seu discurso, Lei disse que a Xiaomi lançou dois modelos premium iniciais, o Xiaomi 10 e o Xiaomi 11. Porém eles não corresponderam às expectativas mercadologicamente. Mas isso pode mudar. Os novos preços do Mix Fold 3 da Xiaomi começam em 8.999 yuans (US$ 1.240). O celular é alimentado pelo processador Snapdragon de segunda geração da Qualcomm e apresentando um sistema óptico desenvolvido com a fabricante alemã de câmeras Leica. O mais recente smartphone dobrável da empresa esgotou em três minutos quando as pré-encomendas abriram no final do evento na segunda-feira.