Segundo o governo chinês, os iPhones apresentam falhas de segurança. A proibição do celular tem preocupado a empresa e o governo dos EUA.
Recentemente, a China proibiu que os funcionários públicos usem iPhones no trabalho. De acordo com o Wall Street Journal, a decisão ocorreu em meio às crescentes tensões entre Washington e o país. Com essa decisão, os funcionários foram notificados da proibição por seus superiores através de um aplicativo ou reunião de forma presencial. Segundo o jornal, a orientação foi repassada aos chefes dos órgãos do governo, mas ainda não se sabe quantas pessoas serão afetadas ou quais são as indústrias serão proibidas com essa medida.
Com isso, o governo do presidente Joe Biden está preocupado com a situação, após o governo chinês alegar que encontrou problemas de segurança no iPhone. Em entrevista coletiva na Casa Branca, um representante do governo disse que a situação está sendo analisada. Ele também pediu que o governo da China seja mais transparente com as restrições, revelando os problemas de segurança e deixar evidente quais funcionários estão impedidos de usar o smartphone da empresa americana.
A proibição por parte do governo chinês aconteceu poucos duas antes do evento da Apple que apresentou a sua nova linha de celulares, o iPhone 15. Mesmo com a proibição, o governo chinês informou que a nova linha pode ser vendida normalmente no país e que o governo não está emitindo orientações para os cidadãos comuns.
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Proibição
Após um vazamento revelar que o país proibiu que os funcionários usem iPhones em repartições públicas, o governo se manifestou sobre o assunto e informou que problemas de segurança foram encontrados nos celulares e a Apple foi informada deste fato. As informações foram reveladas pelo ministro das Relações Exteriores da China, Mao Ning.
O governo não chegou a barrar as compras dos aparelhos da empresa americana, mas tem recomendado que as pessoas que trabalham com a administração pública optem por aparelhos que tenham tecnologia nacional.
O ministro não deu mais detalhes sobre a estratégia do governo para lidar com os possíveis problemas de segurança. A Apple também não comentou sobre o assunto. Com essa proibição, analistas de mercado dizem que a empresa pode enfrentar grandes problemas no mercado chinês, já que o país é essencial para o crescimento da receita.
De acordo com um jornal norte-americano, outras linhas de celulares também foram proibidas, mas elas não foram especificadas pela publicação.
Tensões
As tensões entre a China e os Estados Unidos aumentaram em fevereiro, quando o Pentágono avistou balões de ar quente chineses sobrevoando o território do país. O objeto foi abatido por caças em um ato que foi considerado hediondo pelo governo chinês. Na ocasião, os EUA alegaram que os artefatos eram ferramentas de espionagem, já o governo da China disse que eram equipamentos de pesquisa.
Esse incidente gerou diversas discussões sobre atividades de empresas chinesas em solo americano. Também no mês de fevereiro, o governo nos Estados Unidos ordenou que as agências governamentais do país removessem o app chinês TikTok de dispositivos e sistemas federais. A Casa Branca informou que a medida foi tomada para garantir a segurança de informações sensíveis.
A proibição do iPhone na China é vista como um ato de retaliação contra o país. A secretária de comércio dos EUA visitou Pequim há alguns dias e disse que os empresários norte-americanos informaram que se tornou impossível de investir na China, apontando para greves, multas e outras medidas que tornam arriscado fechar negócios com empresas asiáticas.