A biometria, que chegou para facilitar a vida ao tornar o reconhecimento do usuário mais fácil e rápido, agora, certamente revela um cenário preocupante. Um estudo recente da CAF, especializada em identidade digital, aponta um aumento significativo nos golpes utilizando essa tecnologia. Os apps de mobilidade urbana, como Uber e 99, tornaram-se alvos frequentes dessas tentativas fraudulentas. São Paulo, afinal, desponta como o estado mais atingido, concentrando quase um terço das ocorrências.
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Destaques
- Fraudes com biometria cresceram, com São Paulo liderando casos
- Maioria dos golpes ocorre em apps de transporte urbano
- Estudo revela aumento de tentativas de golpes durante a semana e em horário específico
A pesquisa, conforme parte do Mapa de Identidade e da Fraude da CAF, examinou casos entre julho e setembro, comparando com o trimestre anterior. O dado mais alarmante aponta que 77% das fraudes durante esse período envolveram o uso de biometria, um recorde para a empresa.
No âmbito dos aplicativos de transporte, como Uber e 99, 93% das tentativas fraudulentas exploraram a biometria. Setores como transporte urbano e entrega de comida apresentaram um aumento de 19% nas investidas utilizando essa tecnologia.
O relatório evidencia que os golpes têm maior incidência nos dias úteis, principalmente às quintas-feiras, com 20% das ocorrências do trimestre, e no horário das 4h, representando 3,57% dos casos. Entretanto, ainda assim, o uso indevido de imagens e documentos dos usuários, cerca de 7% do total, é recorrente. Uma das principais técnicas identificadas é o spoofing, onde imagens manipuladas são utilizadas para se passar por outra pessoa.
O estudo também revela um aumento de fraudes em outros setores, como comércio eletrônico e serviços financeiros, embora os índices permaneçam abaixo dos registrados no mesmo período do ano anterior.
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São Paulo se destaca isoladamente, representando 30% dos casos
Os estados mais suscetíveis a golpes incluem São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Pará, responsáveis por 51% das fraudes. No quesito gênero, os homens lideram como vítimas, com 61% das transações consideradas como ameaças de golpe, e essa proporção aumenta para 74% nos aplicativos de mobilidade. No comércio eletrônico, a diferença diminui, com os homens representando 53% das vítimas.
Apesar das tentativas frequentes de golpes, Vanita Pandey, CMO da CAF, enfatiza que a biometria facial é eficaz na prevenção, porém ressalta a necessidade de constante aprimoramento das estratégias antifraude por parte das empresas. Isso demanda uma abordagem focada na educação e interação contínua com os usuários a fim de manter a tecnologia atualizada e proteger os consumidores.
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