Não consegue ficar longe do celular? Saiba qual foi a solução para um usuário!
O celular tem feito cada vez mais parte da nossa rotina, tanto para momentos de diversão, quanto para momentos mais sérios, de trabalhos, estudos e resolução de problemas. Apesar de bastante benéfico em diversos momentos, o uso do celular também pode se tornar um vilão, principalmente quando o usuário não consegue desgrudar dele, checando o tempo inteiro as redes sociais, notificações, notícias e mais, até nos momentos em que precisa se concentrar.
O uso constante do celular pode se tornar um vício, chamado de nomofobia, causando diversos sintomas no usuário, como irritação, agitação, ansiedade, perda de sono, falta de interação social e muito mais, atrapalhando totalmente a vida, e diminuindo a sua produtividade.
Para tentar resolver o caso e diminuir o uso do smartphone, muitos usuários tentam se livrar do aparelho, criar ambientes livres da tentação, limitar o tempo de tela e outras atitudes que possam o manter longe do celular. Porém, essa não é a solução para todos.
Veja agora o relato de um usuário que tentou de tudo, mas não conseguiu ficar longe do aparelho, aumentando cada vez mais o seu tempo de uso.
Vício em celular
O relato está disponível no site Fast Company Brasil e mostra a história de uma pessoa que tentou, a todo custo, diminuir o seu tempo no celular. Ele quis limitar o seu tempo de tela, criou ambientes livres da tentação, silenciou as notificações, deixou o aparelho no modo escuro, impôs limites a si mesmo, e nada.
Cada truque usado produzia um efeito contrário: o aumento e não a diminuição da vontade de estar com o celular na mão. Anos após, ele cansou dos esforços fracassados e decidiu tentar algo totalmente diferente, desistindo dos seus limites, se permitindo passar o máximo de tempo possível diante das telas de propósito.
Após isso, ele reservou três dias e avisou a família que não estaria disponível para jogos e conversas, já que passaria o máximo de tempo possível com as telas. Durante os três dias, ele diz que ficou alucinado com o uso das telas, leu e assistiu diversas notícias, que era o seu principal vício, verificou os e-mails, navegou no Instagram e ouviu todos os podcasts que o interessavam, mesmo que minimamente.
Segundo ele, o resultado foi: descobrir que pesquisadores estavam certos ao falar que a superestimulação digital acaba com o sono, já que em todas as noites acordava às 2h30 com a mente acelerada. Aprendeu que as regras de consumo excessivo no mundo analógico não parecem se aplicar ao mundo virtual. De acordo com ele, se você tentar beber, comer ou manter relações sexuais por dias seguidos, chegará a um ponto de saturação, onde você não conseguirá mais fazer aquilo.
Porém, isso não funciona no mundo digital, já que mesmo depois de dias de teste, ele ainda conseguia usar mais e mais o telefone.
Lição
Para ele, a última lição foi a mais surpreendente, pois ao permitir em vez de resistir aos desejos digitais, o celular perdeu a sensação de novidade.
Para ele, no mundo digital, as recompensas funcionam de uma forma diferente. Você não recebe algo previsível, recebe alguma coisa nova, uma recompensa variável. Quando você abre uma rede como o Facebook, não sabe o que encontrará. Cada feed, site ou app oferece uma infinidade de opções. E por isso, voltamos outras vezes, mesmo com coisas melhores e mais importantes para fazer.
E é por isso que as restrições nunca funcionaram, pois elas não acabam com o prazer da novidade, elas amplificam. Segundo ele, ficar dias usando o celular impulsivamente funcionou, já que, ao ir ao banheiro, no segundo dia, ele não sentiu vontade de usar o celular, e isso era algo cotidiano. No início, achou que era alguma coincidência, mas isso foi acontecendo outros dias.
Para ele, ir até o limite acabou com a sensação de novidade, o que ajudou a desencanar do aparelho.