Empresa foi processada e vai precisar pagar indenização. Processo foi movido em 2017, por usuários de iPhone. Saiba mais!
A Apple é uma das principais fabricantes de dispositivos eletrônicos do mundo, conhecida por investir em tecnologia e equipamentos de ponta em seus iPhones, iPads, Apple Watches, MacBooks e mais. Porém, uma estratégia da empresa não deu muito certo e a companhia agora vai ter que pagar indenização altíssima aos consumidores dos famosos smartphones da marca.
O caso, polêmico, foi iniciado no ano de 2017, mas os pagamentos só começarão a ser feitos agora em 2023. Com a decisão da justiça, a empresa vai ter que pagar mais de US$500 milhões para as pessoas que foram lesadas com a ideia, que deu errado.
Saiba mais detalhes sobre esse caso e descubra qual foi a estratégia da empresa!
Batterygate
A Apple vai ter que pagar uma indenização aos usuários de iPhone que se sentiram lesados com a estratégia da empresa, que reduzia a performance das baterias dos celulares nos modelos mais antigos de forma proposital. O caso ficou conhecido como “batterygate”.
No ano de 2017, os usuários de iPhone nos Estados Unidos começaram a perceber que os seus celulares estavam apresentando problemas de desempenho, relacionados à bateria dos aparelhos, após a liberação de atualização do iOS lançado no mesmo ano. O software mudou o desempenho dos aparelhos com baterias mais degradadas, para evitar que eles se desligassem. Com o problema, alguns dos usuários resolveram substituir a peça e notaram que o problema foi resolvido.
No mesmo ano, a empresa admitiu que usava as atualizações do iOS para reduzir a performance dos modelos, e garantiu que isso foi feito por razões de segurança, para evitar que eles parassem de funcionar de forma abrupta. Os usuários passaram a acusar a empresa de usar essa estratégia para que eles fossem obrigados a comprar novos modelos, conforme os lançamentos, já que o celular antigo estava apresentando problemas.
Acordo
A Apple não assumiu se as acusações feitas pelos usuários são verdadeiras, mas preferiu negociar um acordo na justiça, para evitar que as consequências fossem agravadas no decorrer do processo. Na Califórnia, o acordo feito foi de um pagamento de até 500 milhões de dólares aos usuários. Em outro processo, movido por 33 estados, o acordo foi de um pagamento de 113 milhões de dólares.
Cada usuário que reclamou da situação até 2020 receberá cerca de US$65, algo em torno de R$323. Os iPhones envolvidos na polêmica foram: iPhone 6, 6 Plus, 6s, 6s Plus, 7 e 7 Plus, com o iOS 10.2.1 ou 11.2, antes de 21 de dezembro de 2017.
Esse acordo vale apenas para os EUA, mas na Europa a empresa foi condenada a pagar multa de 10 milhões de Euros. Na França, a empresa foi multada em 25 milhões de Euro pela mesma prática ilegal.
Em 2021, uma organização portuguesa também anunciou que entraria com uma ação contra a fabricante em Portugal. No país, cerca de 115 mil usuários de iPhone foram lesados com as atualizações para reduzir a perfomance dos aparelhos. Se a empresa for condenada a fazer os pagamentos no país, o valor deve chegar a cerca 6,9 milhões de Euros, com o pagamento de 60 euros por usuário lesado. Porém, não há informações sobre o andamento no processo no país.