Redes sociais podem ficar fora do uso ilimitado. Operadoras avaliam modificações em seus planos.
Quem possui um plano pós ou pré-pago nas principais operadoras do país, sabe que na maioria das vezes os pacotes disponibilizam o uso ilimitado de redes sociais. Geralmente o WhatsApp e Instagram. Isso é uma grande vantagem, pois, por muitas vezes, a internet é preservada, já que a utilização dessas redes pode gastar muitos dados da franquia.
Porém, uma mudança pode alterar essa realidade vantajosa para os clientes brasileiros. Especulações afirmam que a modificação nos planos será geral e não deve demorar muito. Continue lendo e saiba o que muda.
Fim do uso ilimitado
As maiores operadoras do Brasil, Vivo, Tim e Claro não estão contentes com o uso ilimitado de redes como WhatsApp, Twitter e YouTube em seus planos. Utilizada nos últimos anos, essa estratégia tende a atrair clientes que usam as redes sociais com mais frequência.
No entanto, essa mesma estratégia, também conhecida como zero rating, tem sido problemática para as operadoras em termos de receita. Sendo assim, o fim do uso ilimitado de aplicativos parece estar próximo.
Quando procurado, o advogado da Tim Brasil, uma das maiores do mercado, disse que não comentaria o assunto. No entanto, em entrevista recente ao jornal O Globo, o presidente da Tim, Alberto Griselli, disse que a tendência é oferecer outras vantagens, como assinaturas de serviços gratuitos de streaming em vez de acesso ilimitado a aplicativos como o WhatsApp, que não usam dados da franquia.
Motivos para a mudança
Como resultado, seu plano de internet será usado quando acessar as redes. Uma das razões para a mudança é que as operadoras começaram a oferecer os planos quando as redes erem mais simples. Considerando o tráfego incluído no plano, é visto que as operadoras classificaram alguns desses serviços como zero (com a prática de não descontar dados em excesso). O WhatsApp, por exemplo, era apenas de mensagens há alguns anos, mas hoje é mais do que isso e tem muito mais utilidades.
Já o CEO da Vivo, Christian Gebara, diz que o problema não é reduzir o acesso dos usuários, mas sim forçar empresas como Facebook, WhatsApp, Google e Apple a colaborarem, por meio de uma parceria.
Gebara disse que essas empresas são responsáveis por cerca de 50% do tráfego de dados móveis no mundo e precisam investir nessas redes porque seus aplicativos dependem delas.
Vale lembrar, que para fornecer esse serviço, as operadoras geralmente cobrem os custos de transferência de dados ou pegam esse valor dos provedores de aplicativos.
WhatsApp na mira
A reclamação do presidente da Claro Brasil, José Félix, é que as operadoras gastam milhões de dólares para manter o acesso irrestrito as plataformas.
De fato, as estatísticas também mostram que 62% dos brasileiros só acessam a internet pelo celular. A venda de planos ilimitados do WhatsApp no Brasil aumentaram muito esse número. Por essa razão, o aplicativo de mensagens é um dos que corre mais perigo de perder o uso gratuito nas franquias.
Embora ainda não haja prazo para concluir a avaliação da operadora sobre o assunto, a Anatel iniciou consultas públicas sobre a responsabilidade das empresas de tecnologia e proprietárias de redes sociais. A votação está válida até o final de julho de 2023.