Nunca mais passe raiva com a bateria. Cientistas discutem como fazer ela durar mais.
Ficar sem bateria no celular quando você está fora de casa ou no meio de uma reunião importante é um problema que a maioria das pessoas já tiveram. Passar por isso é bem chato, mas há maneiras de evitar essa dificuldade.
A duração da bateria é um desafio constante para as empresas de tecnologia. Para superar esse problema, cientistas da Escola de Engenharia da Rice University, nos Estados Unidos, desenvolveram uma maneira de aumentar a capacidade das baterias de íon-lítio usadas em telefones celulares. Continue lendo e saiba mais.
Pesquisa aponta maior eficiência
De acordo com um artigo publicado pelos cientistas, o processo funciona revestindo um ânodo de silício, uma espécie de eletrodo, com partículas de lítio metálico mais estável. Estudos demonstraram que a atomização desse ânodo aumenta a vida útil da bateria do celular em 22% a 44%. A pesquisa também sugere que as células de bateria com maior cobertura podem alcançar maior eficiência.
Ainda não há prazos e expectativas para que essa novidade seja implementada em baterias de celulares de grandes empresas, mas a novidade chega em boa hora. As maiores marcas de smartphones estão constantemente tentando aumentar o tempo de funcionamento das cargas de seus aparelhos.
Pontos negativos
Embora considerado um resultado positivo, o estudo mostra que ainda há pontos negativos a serem considerados. Quando uma bateria está carregada a 100%, ela começará a descarregar mais rapidamente no próximo ciclo. Isso significa que a duração da bateria diminuirá com o tempo.
Sibani Lisa Biswal, engenheira química responsável pela pesquisa, afirma que um dos maiores problemas com o silício é que ele continua formando o que chamamos de Solid Electrolyte Interphase (SEI) que na verdade usa lítio. De acordo com a química, essa camada é formada quando o eletrólito da célula da bateria reage com elétrons e íons de lítio. Como resultado, uma camada de sal de tamanho nano é depositada no ânodo. Quando a camada é formada, ela separa o eletrólito do ânodo, impedindo que a reação prossiga. No entanto, o SEI pode ser danificado durante os ciclos sucessivos de carga e descarga. Ele também se regenera, esgotando permanentemente as reservas de lítio da bateria.
Bateria ecológica
Enquanto isso, há outras pesquisas para tornar as baterias mais eficientes e sustentáveis. Como visto no trabalho dos pesquisadores da Flinders University, na Austrália, e da Universidade de Ciência e Tecnologia de Zhejiang, na China. Ambas concluíram com sucesso a primeira etapa do desenvolvimento de uma bateria que não utiliza materiais tóxicos.
A nova bateria usa materiais conhecidos como “radicais orgânicos estáveis”, cujo principal componente é o 2,2,6,6-tetrametilpiperidil-1-oxi, também conhecido como “Tempo”. Eles usaram um líquido aquoso como eletrólito e foram as primeiras baterias de radicais orgânicos de alumínio. Sua vantagem é que não é inflamável e é estável ao ar, além de ser sustentável.
Dito isso, há vários caminhos para os quais o mercado de telefones celulares pode ir, e esses avanços não devem parar nestes dispositivos. As novidades com o tempo podem ser aplicadas também a outros aparelhos, como notebooks, tablets e outras máquinas que usam baterias recarregáveis.