Entenda a proibição que a Apple sofreu na França. Saiba os motivos.
Depois de a França ter emitido um aviso de que o iPhone 12 tinha violado um dos níveis de radiação previstos pelos reguladores, três outros países também disseram que iriam verificar se havia riscos para a saúde. As autoridades sublinharam que a investigação deve ocorrer em toda a Europa.
A Agência Nacional Francesa de Frequências (ANFR) anunciou nesta última quarta-feira (13) que o iPhone 12 será retirado do mercado francês a partir de 12 de setembro de 2023 se exceder o limite da taxa de absorção específica (SAR) para este modelo. Continue lendo e veja quais países europeus estão investigando o iPhone.
Países europeus estão preocupados
A Alemanha anunciou nesta quinta-feira (14) que sua agência da rede federal está em contato com autoridades francesas para acompanhar a investigação. A Holanda disse estar igualmente preocupada com a questão e deverá em breve solicitar uma explicação oficial da gigante tecnológica. A Bélgica, que foi o último país a responder, disse que também analisaria os riscos potenciais à saúde associados ao iPhone 12 da Apple.
Segundo a Reuters, a probabilidade de uma nova proibição de vendas na Europa aumentou depois que Paris decidiu suspender as vendas do iPhone 12 até que a Apple resolva os problemas de radiação descobertos em dois testes. O Secretário de Estado para digitalização da Bélgica, Mathieu Michel, afirmou que sua missão é garantir a segurança de todos os cidadãos. Por isso, ele entrtou em contato imediatamente com o IBPT-BIPT (órgão regulador) e solicitou uma análise dos riscos potenciais do produto. Michel também solicitou uma revisão de todos os smartphones e dispositivos Apple fabricados.
Além da Alemanha, Bélgica e Países Baixos, a Itália afirmou que ainda não tomou quaisquer medidas, mas que está monitorando a situação.
O que diz a Apple
A Apple disse que o iPhone 12, lançado em 2020, foi certificado por várias organizações internacionais como compatível com os padrões de radiação. A empresa contestou as descobertas francesas. As grandes vendas da empresa de tecnologia na Europa atingiram 95 mil milhões de dólares no ano passado, tornando-a a segunda maior região em termos de receitas, depois dos Estados Unidos.
Proibição na China
Segundo o Wall Street Journal (WSJ), a China proibiu os funcionários públicos de usarem iPhones no trabalho. A decisão ocorre em meio ao aumento das tensões entre os Estados Unidos e a China.
Os colaboradores foram informados da proibição pelos seus superiores através de requerimento ou reunião presencial. Segundo o WSJ, a orientação foi enviada aos chefes de órgãos governamentais, mas ainda não se sabe quantas pessoas serão afetadas ou quais indústrias serão banidas.
O bloqueio ocorreu poucos dias antes do evento da Apple em 12 de setembro. Os produtos levantaram preocupações sobre o regime chinês, que procura reduzir a sua dependência de tecnologia estrangeira. Por mais de uma década, a China incentivou as empresas nacionais a adotarem sistemas e produtos chineses para aproveitar as vantagens da fabricação de chips semicondutores do país. Esse pode ser um dos motivos para a proibição do iPhone. O país intensificou a sua campanha em 2020, depois de os líderes do regime terem proposto um modelo de crescimento denominado de “ciclo duplo” para reduzir a dependência dos mercados estrangeiros.