LE Oi (OIBR3) foi uma das principais apostas queridinhas de muitos investidores – muitos com um viés especulativo. Mesmo após anos difíceis e de destruição de valor, a operadora conseguiu um crescimento de 155,81% em suas ações no ano passado. Entretanto, todo esse crescimento é justificável?
Desde sua privatização, a Oi vive uma trajetória instável quando falamos do ponto de vista financeiro. Além disso, a companhia teve diversos CEOs e planejamentos estratégicos parcialmente implementados. Dessa forma, perdendo o rumo, a Oi pediu recuperação judicial em 2016, devido uma série de maus investimentos.
Além disso, a Oi vem destruindo valor ano após ano, como podemos ver pela queda frequente em seu ROIC. Ademais, possui um grande histórico de prejuízos bilionários. Sua eficiência é baixíssima quando comparamos com seus pares como Telefônica (VIVT4) et Tim (TIMS3) – isto é, margens.
Para ainda piorar a situação, a Oi possui uma alta alavancagem financeira – dívida líquida/EBITDA – na casa dos 3,50x. Assim sendo, superior aos números da Telefônica e Tim, que estão em 0,24x e 0,75x, respectivamente.
Por fim, a companhia nem sequer negocia a um múltiplo EV/EBITDA menor que ambas as empresas citadas. Portanto, negocia a cerca de 30% acima delas.
Os riscos da Oi
Um dos principais riscos associados a Oi é que a empresa se encontra em um processo de recuperação judicial. Dessa forma, a operadora deve perseguir seus objetivos para sair dessa situação. Entretanto, não há garantias de que esses objetivos serão alcançados. Assim sendo, a companhia pode falir.
Além disso, o serviço de telefonia móvel enfrente bastante concorrência de outras operadoras do serviço. Com exemplo a Telefônica (Vivo), Tim e Claro.
Por fim, as frequentes mudanças tecnológicas no setor de telecomunicações. Isto faz com que a Ou seja obrigada a realizar excessivos e frequentes investimentos, dificultando sua saída do processo de recuperação judicial.