Em um movimento que vem ganhando força globalmente, diversos países, incluindo gigantes como França, Itália, Finlândia, Holanda, China, Inglaterra, Brasil e agora os Estados Unidos, estão adotando leis que restringem ou proíbem o uso de celulares e redes sociais em ambientes escolares, a fim de promover um ambiente de aprendizado mais focado. A Flórida, com seus mais de 22 milhões de habitantes, é o mais recente exemplo dessa tendência, implementando uma política rigorosa contra o uso de smartphones nas salas de aula desde setembro de 2023.
O Relatório da Unesco e o Debate sobre Tecnologia na Educação
Segundo o “Relatório Global de Monitoramento da Educação 2023” da Unesco, um quarto dos países já possui legislação sobre o tema. Este relatório coloca em pauta uma questão crucial: como equilibrar a presença da tecnologia na educação? Thais Rugolo, advogada especialista em direito da infância, aponta que a proibição visa minimizar as distrações e melhorar o foco dos alunos. Ademais, ela destaca a importância de considerar o potencial positivo da tecnologia no aprendizado.
Rugolo enfatiza que, para transformar dispositivos eletrônicos em aliados da educação, é necessário um planejamento cuidadoso, buscando um equilíbrio e definindo objetivos claros para o uso dessas ferramentas. Ela argumenta que não se pode ignorar o potencial da tecnologia em despertar a curiosidade dos alunos e tornar o aprendizado mais envolvente, principalmente em um mundo cada vez mais digital.
No Brasil, leis semelhantes já foram implementadas ou estão em processo legislativo em vários estados. Em São Paulo, por exemplo, uma lei de 2007 proibia o uso de celulares em sala de aula, mas foi alterada em 2016. Mais recentemente, o Rio de Janeiro realizou uma consulta pública para avaliar a viabilidade de restringir o uso de celulares nas escolas do município.
O Desafio de Encontrar o Equilíbrio
Entre os benefícios e desafios, é essencial manter uma observação atenta e cuidadosa sobre o uso de celulares por crianças e adolescentes. Com o aumento constante no uso de redes sociais e smartphones por jovens, proibições excessivamente rígidas, sem considerar a perspectiva dos estudantes, podem acabar afastando-os dos estudos e das atividades escolares.
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